segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Projecto NaNoWriMo 2010 - Banda Sonora

O projecto ainda não têm título, mas já tem banda sonora. Tenho tido que fazer algumas pausas para decidir o que acontece a seguir e fui aproveitando para fazer uma selecção de músicas.

How Am I Different - Aimee Mann
Dark Side of Me - Alannah Myles
Livin' on a Memory - Alannah Myles
In Debt to The Heart - Born In The Flood
Don't Need the Sunshine - Catatonia
What Makes a Man? - City and Colour
Quiet in My Town - Civil Twilight
My Lover's Gone - Dido
Burning My Soul - Dream Theater
Strange - The Feeling
Trust Me - The Fray
Off I Go - Greg Laswell
On The Sunny Side of the Street - Louis Armstrong
Goodbye Apathy - OneRepublic
Come Home - OneRepublic
Misguided Ghosts - paramore
Building a Mistery - Sarah MacLachlan
Into The Fire - Sarah MacLachlan
In My Head - Until June
Flowers For a Ghost - Thriving Ivory

NaNoWriMo 2010 - Semana 1

Acabei a semana 1 com 7792 palavras. Estou com 3877 palavras menos do que devia, mas não faz mal, tenho tido muito com que lidar ultimamente e estou muito satisfeita por ter conseguido escrever tanto mesmo assim. Tem-me estado a dar muito gozo este projecto e trabalhar sem planificações, talvez devesse variar os meus métodos de trabalho com maior frequência.

domingo, 31 de outubro de 2010

NaNoWriMo 2010

É aquela altura do ano outra vez. Decidi esta manhã que vou participar no NaNoWriMo deste ano. Contrariamente ao que é hábito, vou estar a trabalhar sem rede, ou melhor, sem outline. Tudo o que tenho são umas quantas ideias para personagens que anotei no meu fiel Moleskine há uns meses.

Desejem-me sorte e mandem chocolate.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Bloqueios

Não é segredo para aqueles que seguem este blogue que tenho andado com algumas dificuldades em escrever. Estas dificuldades não afectaram só a continuação do Sangue de Dragão mas a minha escrita em geral. O Black Box foi acabado a tempo à força de casmurrice e um certo desespero.

A semana passada fiz um "jejum" de escrita. Pode parecer contraditório, não escrever deliberadamente quando o problema é exactamente não conseguirmos escrever, mas como se costuma dizer às vezes estamos tão obcecados com o problema que não conseguimos ver a resposta.

A pausa fez-me bem. Primeiro porque me deu uma vontade enorme de escrever (ah, os seres humanos, digam-nos que não podemos fazer uma coisa e lá vamos nós... ), mas sobretudo porque me permitiu ganhar perspectiva sobre o que me estava a impedir de escrever: eu mesma.

Escrever é o que eu faço, não o que eu sou. Não sei em que fase do caminho é que me esqueci disso, mas tenho andado a atribuir demasiada importância à concretização dos meus projectos de escrita e, especialmente, à reacção do mundo a esses projectos. Se amanhã deixasse de ser publicada, continuaria a escrever e isso diz tudo sobre qual devia ser a minha prioridade.

A minha obsessão com os resultados andava a impedir-me de apreciar o processo. E o processo é fantástico, o processo é o que fez com que eu continuasse a escrever mesmo quando não conseguia ser publicada. E ao não apreciar o processo, até os dias bons começaram a parecer um fardo.

Portanto este mês, vou reaprender a concentrar-me no caminho e não no destino. Para isso decidi voltar às origens: os contos.

Inscrevi-me no desafio Story-a-Day do fórum FMWriters. O objectivo é escrever uma história por dia durante um mês. Parece de loucos, mas é o que preciso neste momento. Escrever, deixar fluir, sem ter tempo para me preocupar com correcções, edições, publicações e outras consumições. Só escrever e apreciar a viagem.

Gostava de completar as 31 histórias, mas se só conseguir o objectivo minímo de 10, já vai ser óptimo.

Maio

Atingi três dos seis objectivos que tinha estabelecido para Abril, nada mau. Para Maio vou manter as coisas simples:

1. Fazer o SAD no fórum FMWriters
2. Fazer o programa de emagrecimento do Paul Makenna (foi um dos objectivos que ficaram para trás)

Tudo mais que eu consiga fazer é um bónus.

Livros Lido - Janeiro a Abril

Este ano estou a ler mais lentamente que costume, não sei porquê. No final de Abril, o ano passado, já tinha lido; este ano foram menos de metade disso.

1. Hearts West - Chris Enss (4/5)
2. Jogos de Espelhos - Agatha Christie (2/5)
3. Messias - Boris Starling (3/5)
4. Rosemary and Rue - Seanan McGuire (5/5)
5. Soulless - Gail Carriger (5/5)
6. Self-Editing For Fiction Writers - Renni Browne, Dave King (4/5)
7. The Doctor Wore Petticoats - Chris Enss (3/5)
8. 21 Day Conscious Cleanse - Debbie Ford (2/5)
9. Eu Consigo Que Você Emagreça - Paul McKenna (4/5)
10. Clockwork Heart - Dru Pagliassotti (4/5)
11. Crime no Hotel Bertrand - Agatha Christie (4/5)

Escrevi opiniões para alguns destes, mas provavelmente não farei o mesmo para os outros. Não tive tempo assim que acabei de os ler e é o tipo de coisa que se torna difícil quando já passou algum tempo.

E sou capaz de fazer sempre assim daqui em diante: listar os livros que li mensalmente e escrever opiniões só para alguns, dependendo da força da minha reacção ao livro e da minha disponibilidade.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Comunidades de Escritores

"A escrita é uma profissão solitária" é um daqueles clichés que se tornaram comuns porque são verdadeiros. Não interessa se se tem pessoas a ajudar com a pesquisa e com a revisão, o momento de escrita é entre nós e o papel (ou o ecrã). Esse isolamento pode tornar-se pesado por vezes e as comunidades de escritores online são uma boa maneira de o ultrapassar.

Naturalmente que há desvantagens em frequentar estes sites. Essa frequência pode tornar-se mais um instrumento de procrastinação. O contacto com outros escritores pode deixar-nos com a ideia que devíamos estar a fazer mais, melhor ou simplesmente diferente. Muitas destas comunidades tendem também a ser muito viradas para o objectivo da publicação e a repetição dessa ideia pode tornar-nos de tal modo obcecados que acaba por afogar boa parte do gozo que tiramos da escrita.

No entanto, todas essas desvantagens podem ser evitadas com alguma facilidade e há muitas vantagens em conviver com os nossos pares. A primeira, e a mais óbvia talvez, é a troca de informação: sobre o meio editorial, sobre os mais diversos contextos espaço-temporais, sobre a língua. Qualquer dúvida que tenhamos é bem provável que haja alguém num destes sites que saiba responder. Depois, há a possibilidade de conversar com pessoas que percebem o que nós estamos a fazer e porquê. Não tem a ver com sermos todos pobres génios incompreendidos, mas pensem nisto: em quantos sítios é que eu podia estar a discutir a pesquisa que fiz para o meu livro de piratas sobre diferentes tipos de chicotes e os seus efeitos sem ter as pessoas a olhar para mim de maneira estranha? Há também a possibilidade de estabelecer contactos profissionais e finalmente, muitos destes sites permitem-nos assumir objectivos e responsabilizarmo-nos por cumpri-los, o que é inestimável num trabalho em que não temos a quem prestar contas.

Neste momento, estas são as duas comunidades de escritores que frequento:
Forward Motion Writers
Romance Divas

Ambas têm actividades interessantes a acontecerem o ano inteiro e são um excelente sistema de apoio.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Processo de Escrita

Ainda me espanta que tantas pessoas pareçam pensar que o que um escritor faz é sentar-se em frente ao computador, escrever "Capitulo 1" e que quando escrever "Fim", a coisa está feita. É claro que o processo de escrita varia de escritor para escritor, mas conheço poucos que não façam algum trabalho de preparação e ainda não encontrei nenhum que não faça pelo menos uma revisão sumária ao que escreveu antes de o submeter. E acho que não quero conhecer: ou serão daquelas criaturas geniais impossíveis com que não se pode falar, ou daquelas criaturas impossíveis que se julgam geniais e com que não se quer falar.

O meu processo de escrita varia um pouco de projecto para projecto (histórias diferentes exigem coisas diferentes, dependendo sobretudo do seu tamanho e da maneira como o texto vai ser estruturado), mas está mais ou menos solidificado.


1. Ideia

Esta é a parte em que eu não faço realmente nada e a parte em relação à qual as pessoas me perguntam mais. Eu culpo o Romantismo e a ênfase excessiva dada à inspiração.

A verdade é que me aparecem ideias para histórias com uma frequência irritante e aquilo que lhes dá origem pode ter as naturezas mais variadas: um documentário, um filme ou um livro; uma pessoa que vejo na rua, uma frase ouvida de passagem ou uma paisagem; um artigo de jornal ou uma fotografia; uma mistura de duas ou mais dessas coisas que se unem para criar qualquer coisa nova.

As ideias são a parte fácil, é só dar alimento variado ao cérebro e elas aparecem sózinhas. Transformá-las em qualquer coisa legível é que exige algum talento e muito trabalho.


2. Pesquisa Informal

Esta fase nem sempre acontece. Depende do que estou a escrever. Tem a ver com ler coisas que se relacionam com o contexto da história que quero contar, mas sem me preocupar demasiado com pormenores. No fundo, é providenciar ao cérebro algum material de base para ajudar na estruturação da história.


3. Fermentação

Preciso de andar uns dias (ou uns meses) com a história a revirar de um lado para o outro na cabeça, antes de conseguir fazer seja o que for dela. Mais uma vez, é uma fase em que não faço grande coisa, senão dar-lhe uma abanadela de vez em quando para a fazer chegar ao ponto.


4. Planificação/Esboço Zero

É uma delineação básica da história, porque eu preciso de saber onde vou para conseguir escrever. Raramente o faço para textos curtos e não posso passar sem ele nos romances e novelas.

Normalmente uso o método de fases da Zette e não me costumo preocupar muito com enredos ou arcos de história. Limito-me a enumerar os eventos pela ordem em que os quero contar, por isso é que lhe chamo mais vezes esboço zero do que planificação.

Por exemplo, este é um excerto do outline de O Anel das Estrelas:


Capítulo 1: Ataque ao São José
POV: Menendez; ESPAÇO: São José, próximo de Moçambique; TEMPO: 22 & 23 Jul 1622

1. Menendez pensa nas atitudes de Cecília e no modo como estão a perturbar a tripulação, já afectada pela doença. AMANHECER

2. Os homens queixam-se da comida. Menendez teme um motim.

3. Menendez observa Cecília mais uma vez e pensa em como a viagem tem estado a correr mal. ANOITECER

4. Menendez está na sua cabine quando um marinheiro o vem avisar de que o que parecem ser navios pirata se estão a aproximar. NOITE

5. Trata-se de uma frota composta por navios Ingleses e Holandeses, que os ataca. A tripulação do São José defende o navio o melhor que pode, mas estão em desvantagem numérica e muitos deles estão doentes.


Aquilo que ponho no esboço zero nem sempre se revela no produto acabado. Por vezes, enquanto estou a escrever, a história toma outra direcção. Muitas vezes, enquanto estou a fazer este trabalho, estou também a escrever pedaços de texto que me vão ocorrendo.



5. Revisão do Esboço Zero


Antes de começar a escrever, dou sempre uma vista de olhos ao esboço zero para tentar identificar falhas lógicas e para organizar alguma informação: espaço, tempo, pontos de vista... Depende do projecto. Para Um Vale Entre as Nuvens, cujo esboço zero acabei recentemente e que é um romance epistolar, nesta fase estive a determinar através de que diários, cartas e artigos de jornal a informação de cada ponto seria transmitida.


6. Primeiro Esboço

Esta é a parte mais difícil para mim. Implica manter o traseiro na cadeira o tempo suficiente para escrever e não ligar ao facto de que metade do que vou produzir nesta fase é lixo, puro e simples.

O melhor para mim é escrever este primeiro esboço o mais depressa possível, para não dar tempo aos meus editores internos de começarem a chatear. Normalmente o meu primeiro esboço está cheio de anotações do género: [CENA DE BATALHA]; [MAIS DESCRIÇÂO]; [VIAGEM] e [VERIFICAR].

De há uns anos a esta parte comecei a fazer os primeiros esboços à mão. Aumenta-me a produtividade por estranho que pareça, talvez porque escrevo mais depressa à mão do que o que dactilografo e consigo manter um ritmo mais satisfatório. Ou talvez porque como não estou a trabalhar ao computador, não caio em certas distrações.


7. Primeira Revisão

Implica ler o texto todo e tomar notas do que é necessário acrescentar ou tirar. Depois passo o texto a computador, preencho lacunas e faço as modificações que anotei e outras que me vão surgindo. Normalmente é nesta fase e na seguinte, quando necessário, que faço uma pesquisa mais apurada, para garantir que os pormenores estão bem.


8. Segunda Revisão

Nova leitura. Nesta preocupo-me mais com incongruências na história e com o fluir da linguagem.


9. Revisão Final

Acerto a formatação do texto, procuro gralhas e quaisquer outros pequenos erros que tenham escapado nas duas primeiras.


Normalmente, depois disto, o livro está acabado. É claro que há projectos que precisam de mais uma revisão ou duas antes de eu estar satisfeita com o resultado e, para além disso, quando um projecto é rejeitado, faço sempre uma revisão rápida antes de o enviar para outro lado, porque costumo partir do princípio que o problema pode ser do texto e não de quem o rejeitou.

domingo, 4 de abril de 2010

Abril

Bem, Março correu melhor do que eu esperava. Acabei o primeiro esboço para o piloto de Black Box e acho que consegui resolver os problemas de Coração de Lobo, portanto as coisas devem correr melhor a partir daqui.

Objectivos para Abril:

1. Editar e submeter Black Box
2. Trabalhar no Coração de Lobo
3. Fazer o programa de emagrecimento do Paul Makenna(dei-me bem com o programa de sono dele, vamos ver como este corre)
4. Escrever opiniões para os livros de Março
5. Fazer pelo menos duas actualizações no blogue relacionadas com a escrita
6. Aulas de Alemão

quarta-feira, 17 de março de 2010

Soulless - Gail Carriger

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Soulless
Gail Carriger
Orbit Books

Fantasy
373 páginas

Numa época Vitoriana alternativa, vampiros, lobisomens e fantasmas saíram da obscuridade e estão devidamente integrados na sociedade londrina. Alexia Tarabotti, solteirona por virtude de uma cútis demasiado escura e de um pai Italiano, é atacada por um vampiro que parece ignorar que ela é uma pretenatural, um dos raros humanos sem alma que são imunes tanto a vampiros como a lobisomens. Acidentalmente, Alexia mata o vampiro e o temperamental Lord Maccon do BUR (Bureau of Unnatural Registry) é forçado a intervir.

O vampiro morto (ou será re-morto?) não foi criado por nenhuma das colmeias locais e vampiros e lobisomens sem associação a qualquer colmeia ou matilha estão a desaparecer por toda a Inglaterra. Os Sobrenaturais parecem acreditar que Alexia tem alguma coisa a ver com isso, afinal, no passado, os pretenaturais usavam a sua imunidade para os exterminar. Contra a vontade de Lord Maccon, Alexia empreende esforços para descobrir o que se passa.

Alexia Tarabotti é uma personagem fascinante: independente, inteligente e sarcástica; perfeitamente confortável no seu papel de alguém que foi colocada ligeiramente à parte da sociedade, mas também insegura, marcada por demasiados anos a ouvir listar as suas insuficiências. Lord Maccon e Lord Akeldama, lobisomem e vampiro, escocês rude e dandy afrancesado, são contrapontos perfeitos, enquadrando as facetas conflituosas de Alexia. Depois há o Professor Lyall, Beta de Lord Maccon, sereno e competente e provavelmente implacável. Suspeito que desenvolvi um fraco pelo professor Lyall, o que é deveras desconcertante.

Soulless é um daqueles livros que se lê de uma assentada porque simplesmente temos de descobrir o que se passa a seguir. A escrita é leve e bem-humorada, mas de maneira nenhuma inconsequente ou vácua. As personagens são ricas e bem-construídas e os pormenores, especialmente no que diz respeito aos aspectos steampunk da história são visualmente estimulantes. Não posso dizer que a resolução do mistério me tenha surpreendido extraordinariamente, mas o livro é mais comédia de costumes do que policial. A única coisa de que não gostei: Ninguém explicou os polvos.

terça-feira, 16 de março de 2010

Rosemary and Rue - Seanan McGuire

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Rosemary and Rue
Seanan McGuire
Daw

Fantasia Urbana
358 páginas

October Daye já tinha problemas que chegassem: além de ser meio-fada ( a sua mãe é uma Daoine Sidhe), o que a torna uma cidadã de segunda no mundo das fadas e a obriga a todo o tipo de encobrimentos no mundo dos humanos, o seu ex-marido e a sua filha recusam-se a ter qualquer tipo de contacto com ela (é o que acontece quando não se pode explicar aos nossos entes queridos que desaparecemos durante 14 anos porque alguém nos transformou numa carpa koi). Quando a sua amiga Eve é assassinada e a amaldiçoa para que descubra os seus assassinos sob pena de morte, Toby é obrigada a retomar o seu papel de investigadora e voltar a entrar no mundo que jurara deixar para trás quando se libertara do seu encantamento. Vai deparar-se com uma teia de intrigas, interesses e mentiras tão elaborada que as únicas pessoas em que parece poder confiar são velhos oponentes.

Gostei muito deste livro. Estava um pouco hesitante. Pelas descrições que li, percebi que o livro seria uma mistura de fantasia e hard-boiled, dois géneros de que gosto muito mas que misturados pareciam ter o potencial de gerar uma grande confusão. Não podia estar mais enganada. A narrativa é consistente e concisa, as personagens são multifacetadas e credíveis e a história é intrigante.

Fascinou-me especialmente o excelente trabalho da autora em construir uma personagem principal verosímil. Tenhamos em conta que a senhora se chama October Daye, que é meio-fada, que tem um certo ar de Legolas e se comporta como o Humphrey Bogart sem o cromossoma X; seria de esperar que este cocktail nos fosse estranho no mínimo, ou pura e simplesmente intragável. Mas McGuire mostra mestria no modo como lida com estes ingredientes e o resultado é uma pessoa tão credível que não nos surpreenderia se a encontrássemos na rua.

Dito isto, os dois próximos livros já estão na minha lista de compras.

Messias - Boris Starling

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Messias (Messiah)
Boris Starling
11x17

Thriller
637 páginas

Estamos no Verão de 1998 e o superintendente Red Metcalfe tem muito que o preocupe. Não só tem de capturar um serial killer que parece escolher as suas vítimas aleatoriamente, ainda tem de lidar com o colapso do seu casamento e o a parte do seu passado que o assombra.

A narrativa é construída em três linhas: a investigação, os eventos à volta da prisão do irmão de Metcalfe e as divagações do serial-killer. Estas linhas entrelaçam-se de forma bastante competente, mantendo um bom nível de suspense ao longo do livro, até se reunirem num final sangrento, mas bastante satisfatório.

Gostei deste livro, foi uma leitura descontraída e apreciei o modo como o autor geriu as múltiplas narrativas. Ainda assim, ter percebido quem era o assassino a meio do livro estragou um pouco o interesse que eu tinha na leitura. Infelizmente esta descoberta não se deveu às minhas capacidades intelectuais, mas a uma grande dose de mau-senso da parte do autor. Quando se passa a maior parte do livro até aí focado exclusivamente no investigador e, de súbito, se começa a prestar muita atenção a uma das personagens secundárias é como ter uma enorme seta de neon apontada a essa personagem.

sexta-feira, 12 de março de 2010

As Faces do Mundo de Khaila

Havia demasiados problemas com o Coração de Lobo. Decidi fazer uma pausa para ganhar alguma perspectiva.

Tenho andado a rever o outline para tentar descobrir os problemas estruturais e também a pensar em actores que consigo ver a representar as minhas personagens, para as tornar mais claras para mim. Já fiz o "casting" para a maioria das personagens principais e estou satisfeita com os resultados. Aparentemente as personagens também estão porque os que entram no Coração de Lobo começaram a falar comigo outra vez.

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Estou especialmente satisfeita com as escolhas para Ightryn e Ember. E o Skarsgard acabou por dar um Lorean inesperadamente bom.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Prazos

Quero entregar o Coração de Lobo à editora no final deste mês. Isso implica que o blogue vai andar abandonado durante uns tempos. Vai ser um mês puxadito.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Jogo de Espelhos - Agatha Christie

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Jogo de Espelhos (They do It With Mirrors)
Agatha Christie
Asa

Mistério
176 pages

Normalmente adoro Agatha Christie, e tendo a ler os livros dela de uma assentada, mas isso não aconteceu com este.

É um livro da série Marple, e eu normalmente prefiro outros detectives (Frustra-me tque parte da solução seja baseada numa daquelas comparações com alguém de St. Mary Mead), mas não penso que isso seja suficiente para explicar porque é que este livro não conseguiu cativar-me do mesmo modo que outros da mesma autora.

Penso que o motivo tem em parte a ver com o facto que não me interessei grandemente pelas personagens. A vítima não me preocupou minimamente, já que ele apareceu em cena e foi morto practicamente logo a seguir, e havia muito pouco a saber sobre ele. Também não gostei muito da pessoa que, supostamente estavam todos a proteger: é uma daquelas senhoras mais velhas que a Christie introduz às vezes, muito simpática e muito vaga e muito etérea.

Para além, pareceu que a tendência da autora para escrever sobretudo diálogo foi levada um pouco mais longe neste livro e, em vez da narrativa rápida mas rica que temos normalmente, estamos entrar no território das "Cabeças Falantes".

Portanto, este pode ser uma raridade entre a minha colecção da Agatha Christie: um livro que eu não planeio reler.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Hearts West - Chris Enss

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Hearts West: True Stories of Mail-Order Brides on the Frontier
Chris Enss
Twodot

115 páginas
Não-ficção

Gostei imenso deste livro. Comprei-o como pesquisa para um projecto futuro, mas acabei por me perder completamente nas suas páginas.

Como o subtítulo indica, o livro é composto por diversas histórias de homens e mulheres que se conheceram por correspondência durante a segunda metade do século XIX e as duas primeiras décadas do século XX. Cada capítulo conta uma história diferente, com alguns deles dedicados não a casais específicos, mas a pessoas ou instituições que ajudaram a juntar estes casais.

Há uma boa selecção de histórias. São focadas pessoas em diferentes situações e nem todos os casos têm um final feliz.

Agradou-me que o livro incluísse muito material da época: excertos de cartas e diários; anúncios pessoais; artigos de jornal; fotografias e gravuras. Também contém uma bibliografia detalha (o que alguns livros de não-ficção parecem ter deixado de fazer) que me vai ser útil quando estiver realmente a fazer pesquisa para o projecto que mencionei.

Para além disso, o livro fez-me perceber o número de ideias pré-concebidas que ainda tinha sobre a vida no Oeste Americano e o papel das mulheres na expansão.

Amazon.co.uk
Book Depository

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Fevereiro

Janeiro não correu tão bem como planeado, mas consegui começar a escrevre mais consistentemente, e percebi que ajustes é que tenho de fazer para aumentar a minha produtividade.

O primeiro esboço de Coração de Lobo ainda precisa de algum trabalho. Ainda há algumas partes em que se lê [CENA DE BATALHA] or [MAIS DESCRIÇÃO]que tenho de preencher.

De qualquer modo, Fevereiro vai ser um mês ocupado.

1. Escrever 25/28 dias
2. Fazer gongyo todas as manhãs
3. Completar a primeira revisão de CDL
4. Fazer uma lição de Japonês por semana
5. Fazer exercício uma vez por semana
6. Ouvir CD de sono todas as noites
7. Perder 2 Kg

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Tédio

Uma das questões mais frequentes que as pessoas me fazem quando sabem que eu escrevo (além de "A sério?!") é de onde me vêem as ideias para as histórias. A minha resposta habitual é que as ideias vêem de todo o lado, de tudo o que vejo, de tudo leio, de tudo o que aprendo de novo.

É uma boa resposta, mas apercebi-me hoje que talvez não seja a resposta certa, ou pelo menos não a resposta completa.

O banco de informação que vou acumulando tem certamente uma parte importante no surgimento das ideias e no próprio processo de escrita. Afinal, nada surge do nada e penso que todos aqueles que gostam de ler sabem que autores com conhecimentos pouco diversificados tendem a produzir livros ocos e repetitivos.

No entanto, tem de haver mais qualquer coisa a espoletar o processo, qualquer coisa que agrege noções ou pedaços de informação até então distintos para formar aquilo que pode ser a semente de uma história.

No meu caso, estou agora firmemente convencida, essa coisa é o tédio. O que explica porque tantas das minhas ideias ao longo dos anos foram surgindo em viagens longas, aulas aborrecidas, salas de espera...

O cérebro enfastia-se e começa a brincar com o que tem dentro, a sobrepor coisas, a cortá-las e baralhá-las. Parte das vezes, sai disparate, mas também há coisas úteis a surgirem destes momentos: a resolução de uma falha no nosso projecto actual, um pormenor que vai adicionar outra dimensão à história, uma construção frásica que nos encanta.

E, de vez em quando, aparece a tal ideia: a que nos entusiasma e nos faz querer largar seja o que for que estejamos a fazer e escrever até sermos obrigados a parar.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Janeiro

Objectivos para Janeiro:

1. Escrever 25/31 dias
2. Gongyo manhã e noite
3. Concluir 1º esboço CDL
4. Perder 2 Kg
5. 2 actualizações no blog

Planos 2010

2009 não foi um ano muito produtivo. O meu tempo de escrita foi fragmentado e deconexo e acabei a trabalhar numa série de projectos diferentes e a fazer pouco progresso em quase todos. 2010 vai ter de ser bem mais estruturado.

RESOLUÇÕES
1. Escrever pelo menos 25 dias/mês
2. Entoar daimoku/gongyo 2x/dia
3. Fazer exercício regularmente
4. Alimentar-me melhor

OBJECTIVOS
Escrita
1. Concluir Coração de Lobo e entregar à editora
2. Concluir Black Box e submeter a Scriptapalooza TV
3. Concluir pelo menos mais um projecto
4. Fazer 1 mês de SAD
5. Actualizar blog 2x/mês

Pessoal
1. Perder 15 Kg
2. Concretizar pelo menos 1 item da minha lista de coisas a aprender