terça-feira, 16 de março de 2010

Rosemary and Rue - Seanan McGuire

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Rosemary and Rue
Seanan McGuire
Daw

Fantasia Urbana
358 páginas

October Daye já tinha problemas que chegassem: além de ser meio-fada ( a sua mãe é uma Daoine Sidhe), o que a torna uma cidadã de segunda no mundo das fadas e a obriga a todo o tipo de encobrimentos no mundo dos humanos, o seu ex-marido e a sua filha recusam-se a ter qualquer tipo de contacto com ela (é o que acontece quando não se pode explicar aos nossos entes queridos que desaparecemos durante 14 anos porque alguém nos transformou numa carpa koi). Quando a sua amiga Eve é assassinada e a amaldiçoa para que descubra os seus assassinos sob pena de morte, Toby é obrigada a retomar o seu papel de investigadora e voltar a entrar no mundo que jurara deixar para trás quando se libertara do seu encantamento. Vai deparar-se com uma teia de intrigas, interesses e mentiras tão elaborada que as únicas pessoas em que parece poder confiar são velhos oponentes.

Gostei muito deste livro. Estava um pouco hesitante. Pelas descrições que li, percebi que o livro seria uma mistura de fantasia e hard-boiled, dois géneros de que gosto muito mas que misturados pareciam ter o potencial de gerar uma grande confusão. Não podia estar mais enganada. A narrativa é consistente e concisa, as personagens são multifacetadas e credíveis e a história é intrigante.

Fascinou-me especialmente o excelente trabalho da autora em construir uma personagem principal verosímil. Tenhamos em conta que a senhora se chama October Daye, que é meio-fada, que tem um certo ar de Legolas e se comporta como o Humphrey Bogart sem o cromossoma X; seria de esperar que este cocktail nos fosse estranho no mínimo, ou pura e simplesmente intragável. Mas McGuire mostra mestria no modo como lida com estes ingredientes e o resultado é uma pessoa tão credível que não nos surpreenderia se a encontrássemos na rua.

Dito isto, os dois próximos livros já estão na minha lista de compras.

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