quarta-feira, 17 de março de 2010

Soulless - Gail Carriger

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Soulless
Gail Carriger
Orbit Books

Fantasy
373 páginas

Numa época Vitoriana alternativa, vampiros, lobisomens e fantasmas saíram da obscuridade e estão devidamente integrados na sociedade londrina. Alexia Tarabotti, solteirona por virtude de uma cútis demasiado escura e de um pai Italiano, é atacada por um vampiro que parece ignorar que ela é uma pretenatural, um dos raros humanos sem alma que são imunes tanto a vampiros como a lobisomens. Acidentalmente, Alexia mata o vampiro e o temperamental Lord Maccon do BUR (Bureau of Unnatural Registry) é forçado a intervir.

O vampiro morto (ou será re-morto?) não foi criado por nenhuma das colmeias locais e vampiros e lobisomens sem associação a qualquer colmeia ou matilha estão a desaparecer por toda a Inglaterra. Os Sobrenaturais parecem acreditar que Alexia tem alguma coisa a ver com isso, afinal, no passado, os pretenaturais usavam a sua imunidade para os exterminar. Contra a vontade de Lord Maccon, Alexia empreende esforços para descobrir o que se passa.

Alexia Tarabotti é uma personagem fascinante: independente, inteligente e sarcástica; perfeitamente confortável no seu papel de alguém que foi colocada ligeiramente à parte da sociedade, mas também insegura, marcada por demasiados anos a ouvir listar as suas insuficiências. Lord Maccon e Lord Akeldama, lobisomem e vampiro, escocês rude e dandy afrancesado, são contrapontos perfeitos, enquadrando as facetas conflituosas de Alexia. Depois há o Professor Lyall, Beta de Lord Maccon, sereno e competente e provavelmente implacável. Suspeito que desenvolvi um fraco pelo professor Lyall, o que é deveras desconcertante.

Soulless é um daqueles livros que se lê de uma assentada porque simplesmente temos de descobrir o que se passa a seguir. A escrita é leve e bem-humorada, mas de maneira nenhuma inconsequente ou vácua. As personagens são ricas e bem-construídas e os pormenores, especialmente no que diz respeito aos aspectos steampunk da história são visualmente estimulantes. Não posso dizer que a resolução do mistério me tenha surpreendido extraordinariamente, mas o livro é mais comédia de costumes do que policial. A única coisa de que não gostei: Ninguém explicou os polvos.

4 comentários:

Cristina Alves disse...

Polvos?? Quandi vi o livro pela primeira vez pensei tratar-se de uma pastelada romântica. Mas com as críticas que tenho lido, já o tenho na prateleira e deve pegar-lhe nos próximos tempos... :)

Ana Vicente Ferreira disse...

Há uma relação romântica pelo meio, mas não lhe chamaria propriamente pastelada. :D
Quanto aos polvos... é ler. E olhar para a lombada.

WhiteLady3 disse...

Pelo que tenho lido no blog e twitter da autora, ela tem um fascínio qualquer por polvos. Tenho bastante curiosidade em ler este livro.

Dunyazade disse...

Isso realmente, tens razão.

Eu também não gosto nada quando não explicam os polvos ._.

Chateia-me, pá, chateia-me.

Fiquei com vontade de ler este livro.